Gov desmatamento


Memória de Santarém: A campanha de 1960 296xx

Lúcio Flávio Pinto - 11/09/2022

Aurélio do Carmo, Moura Carvalho e Newton Miranda - Créditos: Arquivo/ Memórias do Pará

 

 

 

 

 



Conforme a tradição da época, a caravana que fazia a campanha dos candidatos da coligação PSD/PTB (Partido Social Democrático/Partido Trabalhista Brasileiro) às eleições de outubro de 1960, saiu diretamente do aeroporto para a Praça da Bandeira, onde se realizaria o “comício monstro” inaugural em Santarém. A massa humana ocupava todos os ângulos do logradouro, “derramando-se também pela Praça da Matriz”, para ouvir os oradores que se sucederam no palanque: Santino Sirotheau Corrêa, Elias Pinto, Océlio de Medeiros e Álvaro Paz do Nascimento.


Foi a vez então do candidato ao governo, Aurélio Corrêa do Carmo, e a vice, Newton Burlamarqui de Miranda. Encerrando o comício, já a uma hora da madrugada, discursou o governador Moura Carvalho. Começou então, “um animado show de canto e música folclórica, desempenhados por excelentes artistas”.


Os comícios do dia seguinte foram nas colônias de São José e Mojuí dos Campos. Acompanhando os candidatos, havia uma “completa ambulância de medicamentos, médicos, dentistas e enfermeiros”, para atender “numerosas pessoas doentes”. Coube aos dentistas um “trabalho estafante na extração de centenas de dentes de pessoas que para isso procuraram os profissionais”.
No domingo, a comitiva foi a Arapixuna inaugurar uma melhoria feita no local pelo governo do Estado: uma escadaria, “construída no ponto de desembarque”, fazendo as vezes de cais. De volta, a comitiva foi ao bairro da Aldeia para mais um comício, na Praça São Raimundo, onde falaram: Benedito Magalhães, Santino, Océlio de Medeiros, Elias Pinto, Manoel Moraes, Álvaro Nascimento, Ronaldo Campos, José Maria Matos, Newton Miranda e Aurélio do Carmo. O encerramento ficou novamente para o governador. E mais um show dos artistas da caravana.


O discurso de maior impacto foi o de José Maria Matos. Emocionado, ele denunciou o baixo expediente utilizado pelos seus adversários (e antigos correligionários) da Coligação, através de um boletim impresso “com ataques à honra do orador, que com sabedoria soube destruir o maquiavélico expediente”, garantiu O Jornal de Santarém.


José Maria disse que se retirou da coligação “saturado de sofrer decepções, ingratidões e gastar seu dinheiro com os espertos”. No PSD, sentia-se satisfeito, “trabalhando com lealdade para vencer”. Foi cumprimentado calorosamente por Moura Carvalho, que, às seis da manhã, 5 de setembro de 1960, deixou Santarém no vapor “Lauro Sodré”.

 

 

 

LEIA TAMBÉM:

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(14)

 

Memória de Santarém: Vereadores em 1965 e os prefeitos interinos, em 1967/68

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(13)

 

Memória de Santarém: Obras fantasmas, em 1963
 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(12)


Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(11)

 

Memória de Santarém: Comemoração por Jânio

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(10)

 

Memória de Santarém: Eleição para o Senado, em 1959
 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(9)
 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(8)

 

Memória de Santarém: Jânio não atendeu Santarém: renunciou

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(7)

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(6)

 

Memória de Santarém: Barata e o prefeito em desgraça

 

Memória de Santarém: ( Garimpo): Mensagens pelo rádio (5 )

 

Memória de Santarém: As mudanças que não aconteceram

 

Memória de Santarém: ( Garimpo): Mensagens pelo rádio (4 )

 

Memória de Santarém: Comício de Barata em Alenquer

 

Memória de Santarém( Garimpo): Mensagens pelo rádio (3 )

 

Memória de Santarém: A enchente e a política

 

Memória de Santarém: (Mensagens do garimpo)

 

Memória de Santarém: O crime de impacto e a capital

 

Memória de Santarém( Garimpo): Mensagens pelo rádio

 

Memória de Santarém: Carta ao senador e foguetório baratista

 

Memória de Santarém: Primeira visita de Getúlio Vargas a Santarém

 

Memória de Santarém: Dicionário do Baixo-Amazonas

 

Memória de Santarém: Uma antologia de santarenos por Isoca

 

Memória de Santarém: Serenata santarena no Teatro da Paz, em 1972

 

Memória de Santarém - As irmãs Peluso de volta

 

Memória de Santarém: A volta do Cine Olímpia, há 50 anos

 

Memória de Santarém: Orquestras (mais ou menos), em 1952

 

Memória de Santarém: Banda enriquecida, em 1967

 

Memória de Santarém: O 1º centenário de Santarém

 

Memória de Santarém: Uma ONG para cuidar dos tuberculosos

 

Memória de Santarém: O cinema do “Simõeszinho”

 

Memória de Santarém: A visão distorcida da várzea do rio Amazonas

 

Memória de Santarém: primeiro ano do ginásio Dom Amando

 

Memória de Santarém: A cidade e os impostos

 

Memória de Santarém: As enchentes, o ruim e o bom - há mais de 150 anos

 

Memória de Santarém: Os novos datilógrafos

 

Memória de Santarém: Aldeia sem luz

 

Memória de Santarém: A turma do SESP

 

Memória de Santarém: A saga da biblioteca municipal

 

Memória de Santarém: Padre, educador e poeta iluminado

 

Memória de Santarém: Os estragos causados pela chuva, em 1966

 

Memória de Santarém: Primeira sessão de autógrafos

 

Memória de Santarém: Cadê os pianos?

 

Memória de Santarém: A morte do 'Barra Limpa'

 

Memória de Santarém – A tragédia de Santarém

 

Memória de Santarém – A Operação Tapajós

 

Memória de Santarém: Nossos deputados estaduais em 1963

 

Memória de Santarém: Peixe caro em 1952

 

Memória de Santarém: Qual a sua graça? Bráulio Rodrigues da Mota!

 

Memória de Santarém: Futebol poderoso e pobre

 

Memória de Santarém: A notícia da morte de Manelito

 

Memória de Santarém: Quando havia o alto-falante

 

Memória de Santarém: Congregação Mariana dos Moços

 

Memória de Santarém: Cidadãos de Santarém, 1963

 

Memória - Um amor em Santarém

 

Memória de Santarém: A imagem do populismo

 

Memória de Santarém: Os confederados: um marco no desenvolvimento do município

 

Memória de Santarém: velho Faria ; ex-prefeito Ismael Araújo, Raimundo Pinto; velho Figueira; matriarca dos Pereira

 

Memória de Santarém: Começo da Tecejuta

 

Memória de Santarém: pianos em Santarém

 

Memória de Santarém: A primeira prefeita

 

Memória de Santarém: 1948

 

Memória de Santarém: Primeiro jato militar 

 

Memória de Santarém: A Miss Brasil entre nós

 

Memória de Santarém: Nas asas da Panair

 

Memória de Santarém - Tecejuta

 

Memória de Santarém: O regresso de Sebastião Tapajós, há 31 anos

 

Memória de Santarém: Cléo Bernardo e Silvio Braga

 

Memória de Santarém - Meu avô Raimundo

 

Memória de Santarém: o direito de ser criança em cidades pequenas




  • Imprimir
  • E-mail