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Memória de Santarém: A perda do Tapará 1n2i6w

Lúcio Flávio Pinto - 10/07/2022

Atual terminal hidroviário de Santana do Tapará, município de Monte Alegre - Créditos: Google Imagens

 

 

 

 

 

 

 

 

Em maio de 1955, o deputado estadual e ex-prefeito Santino Sirotheau Corrêa denunciou, da tribuna da Assembleia Legislativa, “o esbulho” praticado contra Santarém através da alteração dos seus limites geográficos com o município vizinho de Monte Alegre, consumada em um anexo a uma lei, a 1.127, publicada um mês antes.


“Sem o respeito às normas constitucionais e legais”, a região do Tapará, que integrava o município de Santarém, ou a fazer parte do território de Monte Alegre. Outras vezes essa transferência fora tentada, provocando a imediata reação dos líderes santarenos e sendo desfeita. Além de razões históricas, Santino apresentava motivos práticos e racionais para a manutenção da região do Tapará na jurisdição de Santarém:


“Ora, distando o Tapará apenas duas horas e meia da cidade de Santarém, poderá um morador daquela região, mesmo quando se transporte em canoa, fazer uma viagem de vinda e volta a esta cidade num só dia, enquanto que numa viagem a Monte Alegre terá que gastar uns cinco ou seis dias. Daí porque a unanimidade dos habitantes do Tapará sempre manifestou o seu desejo, vontade, interesse e conveniência de pertencer essa zona ao município de Santarém, de continuar a mesma a pertencer a este município.


Todos eles, seja em relação à istração municipal, seja em face do fisco estadual, seja quanto ao fisco federal, à istração da justiça, ao serviço militar, aos serviços policiais, às suas vinculações com os institutos de previdência, à facilidade para suas transações comerciais, poderão mais facilmente, se continuarem munícipes santarenos, dar desempenho aos seus deveres, reclamar os seus direitos, defender os seus interesses, promover a reparação de injustiças, sentir, enfim, os benefícios e vantagens da assistência que lhes é devida pelo poder público”.


Se a alteração perpetrada no anexo da lei não era “um engano ou equívoco”, que cabia ao governo do Estado reparar, mas representava, de fato, a tentativa de subtrair Tapará de Santarém, o deputado mocorongo apresentava no longo discurso seu “veemente protesto, em nome dos habitantes do Tapará e de todos os santarenos, contra essa espoliação praticada com todas as características de clandestinidade”.

 

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