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Contador de histórias verídicas: 541x2s

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Livro 'Ramal dos Doidos', de autoria de Manuel Dutra, tinha o título de uma estrada vicinal de o à rodovia Transamazônica, onde só vivia quem era doido, diziam os moradores.

Dornélio Silva - 11/05/2025

Créditos: Charge: Zé Américo

 

 

 

"Ramal dos Doidos" é uma das obras que Manuel Dutra escreveu. Participei desse "Ramal", não escrevendo, mas  contribuindo na seleção das matérias e digitando.

 

"Ramal dos Doidos" é uma coletânea de matérias que Dutra escreveu para o jornal O Liberal.

 

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"Ramal dos Doídos" é o título de uma das matérias. Nome dado a um travessão na Transamazônica, isto é, um ramal.

 

Lá só vivia quem era doido, diziam os moradores.

 

Dutra foi exímio contador de histórias verídicas dessa Amazônia.

 

Lembro desse amigo, confidente, reservado, mas sincero, honesto e decidido na missão que cumpria como jornalista.

 

Trabalhamos na Rádio Rural de Santarém. Ele era o gerente. Trabalhamos no jornal O Tapajós.

 

Eu era repórter e revisor. Ele dizia que podiamos até errar o português no texto, mas na manchete do jornal jamais poderíamos errar. Era imperdoável.

 

Já em Belém, a gente se encontrava pra contar histórias, lembranças de Santarém, lá na Garagem. De fato era uma garagem, mas que na frente tinha um bar. Fica na Serzedelo Correa quase esquina com a Gentil Bittencourt, em Belém.

 

Lá foram vários encontros. Adelson Sousa, amigo em comum, sempre presente.

 

Haja histórias, haja recordações. Chegava um determinado momento, depois da chuva, Dutra dizia: "tá na hora, já vou. Tenho que dirigir". Levantava entrava no seu veículo e se dirigia para sua casa, que ficava próximo dessa garagem.

 

Dutra foi um mestre no ensinamento. Não guardava pra si seus saberes, compartilhava. Seu legado é grande.

 

Dutra, estás agora com a gente. Dutra, continuará para sempre com a gente.

 

Viva Dutra!




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