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Memória de Santarém: 4i4c3r

A influência da igreja e da guerra sobre a imprensa de Santarém 3u3p

Série dedicada à preservação dos arquivos materiais e imateriais de Santarém, estado do Pará, revela nuances da política, da sociedade e da economia, nos séculos XIX e XX

Lúcio Flávio Pinto - 01/12/2024

O bispo Dom Amando Bahlmann - Créditos: Acervo/Sidney Canto


 

 

Frei Ambrósio Philipsenburg criou  o Boletim Mariano, para ser ‘um instrumento de comunicação e de formação da Congregação Mariana dos Moços”. Saíram três números do boletim, dois datilografados e um prensado em mimeógrafo. Já a edição de junho foi impressa.

 

 


Colégio Santa Clara

 

 


Impulsionado pela força de vontade dos marianos Osman Bentes, Miguel Paixão, Wilson Dias da Fonseca e Ezeriel Mônico de Mattos, o franciscano transformou o Boletim em O Mariano, já com impressão de qualidade, feita na oficina do Colégio Santa Clara, em uma imprensa nova adquirida pelo bispo Dom Amando Bahlmann em uma de suas viagens à Alemanha, sua terra natal.


Dom Amando conseguiu da Associação de S. Luiz, de Munique, uma tipografia completa. Não tardou a sair o semanário “Santarém” que teve como redatores o deputado estadual Cel. J.J. de Moraes Sarmento e Firmino de Oliveira. Colaboraram no jornal os sacerdotes estacionados em Santarém, com destaque para frei João Manderfeld que, mais tarde, como redator do “Mensageiro da Fé”, na Bahia, conseguiu fama nacional.


O clima de tensão e hostilidade desencadeado pela Segunda Guerra Mundial contra os inimigos das nações aliadas, principalmente a Alemanha e o Japão, forçou a D. Amando a suspender a circulação do hebdomadário, em 1942. Só em 1945 havia de recomeçar a tipografia suas atividades jornalísticas, com o relançamento de O Mariano, obra de Frei Ambrósio. A tipografia continuou a prestar outros serviços, publicando brochuras, folhas avulsas, cartas pastorais, circulares e programas religiosos.


(Serviu de fonte de consulta para este registro a dissertação de metrado em educação apresentada em 2021, na Ufopa, por  Ormano Queiroz de Sousa (A Instrução Em Santarém de 1935 a 1956).




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