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Alcoa pede licença à Semas para elevar altura da lagoa de rejeitos, em Juruti 6p2f3e

Sílvia Vieira, Repórter de O EstadoNet - 12/01/2016

Barragem de rejeito de bauxita em Juruti. Foto: Arquivo. -

Após o rompimento das barragens de Santarém e Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (MG), um estado de alerta se instaurou em cidades e povoados que estão próximas de áreas de rejeito, como é o caso de Juruti, onde está instalada a mina da Alcoa Word Alumina Brasil Ltda. E embora a mineradora tenha informado por meio de nota ao Portal O EstadoNet, em novembro do ano ado, que seu Plano de Segurança de Barragens (PSB) contempla todas as normas nacionais e internacionais, a mineradora acaba de solicitar à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Licença de Instalação (LI) para o Alteamento da Lagoa de Disposição de Rejeito LD3, na Mina de Juruti.

Com o alteamento, a Alcoa aumenta a segurança da sua lagoa de rejeitos LD3, na Mina de Juruti, onde possui operações de bauxita. Ao todo, são três lagoas de disposição e uma de espessamento, classificadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) na categoria de baixo risco, segundo informações da mineradora.

Na nota enviada à redação de O EstadoNet, a Alcoa informou que “todas as lagoas estão com sua declaração de estabilidade em dia, assim como a licença de operação, que vem sendo renovada normalmente pela autoridade ambiental e é válida até 2017, estando apta a renovações”.

Barragens de rejeitos são estruturas que têm a finalidade de reter os resíduos sólidos e água dos processos de beneficiamento de minério. O planejamento inicia com a procura do local para implantação, etapa na qual se deve vincular todo tipo de variáveis que direta ou indiretamente influenciam a obra: características geológicas, hidrológicas, topográficas, geotécnicas, ambientais, sociais, avaliação de riscos, entre outras.

Nos processos de beneficiamento, a quantidade gerada de rejeitos é muito alta, e a disposição é feita, dependendo dos objetivos econômicos da mineradora, em superfície, ou vinculada no processo de extração do minério de forma subterrânea ou a céu aberto.

Existem dois tipos de resíduos produzidos pelas atividades mineradoras, os estéreis e os rejeitos. Os estéreis são dispostos, geralmente, em pilhas e utilizados algumas vezes no próprio sistema de extração do minério. Os rejeitos são resultantes do processo de beneficiamento do minério, contem elevado grau de toxicidade, além de partículas dissolvidas e em suspensão, metais pesados e reagentes.

Nas estruturas da construção de uma barragem de rejeitos é importante a escolha da localização até o fechamento, que deve seguir as normas ambientais e os critérios econômicos, geotécnicos, estruturais, sociais e de segurança e risco. O planejamento e o projeto da barragem de rejeitos devem incluir programas de ensaio em campo e em laboratório das fundações, rochas e materiais de empréstimo, para avaliar suas propriedades físicas e mecânicas, além das características das águas subterrâneas, sua localização e composição.

Empresas mineradoras possuem variáveis consideradas para determinar a melhor opção de local que se limitam às economias. Além disso, as novas legislações ambientais, obrigam os mineradores a considerar também as variáveis ambientais, as estruturas, as geológicas e até os impactos que os rejeitos gerarão nas comunidades circunvizinhas.




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