Operação Curupira já fez 85 prisões em flagrante de suspeitos de crimes ambientais em garimpos e florestas 2s3065
Créditos: Agência Pará
Com dois anos de atuação no combate aos crimes ambientais no Pará, a Operação Curupira já resultou na fiscalização de 50 garimpos, 453 termos de apreensão lavrados e 1.400 maquinários apreendidos, dos quais 104 foram inutilizados. A operação também registrou 85 prisões em flagrante, 197 apreensões de armas de fogo e 658 munições, além de instaurar 46 inquéritos policiais e aplicar 471 autos de infração. As ações refletem o compromisso das autoridades na preservação ambiental e no enfrentamento aos ilícitos na região.
Desde seu início, em fevereiro de 2023, com a instalação da primeira base em São Félix do Xingu, no sudeste paraense, a Operação expandiu-se para os municípios de Novo Progresso (sudoeste) e Uruará (oeste), abrangendo um total de 15 municípios impactados diretamente pelas ações fiscalizatórias. Nesse período, foram realizadas 1.792 fiscalizações integradas, resultando em números expressivos no combate a crimes ambientais.
A eficácia das operações é evidenciada nos dados do Sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo os levantamentos, a área desmatada no Pará caiu de 3.299 km² para 2.362 km² durante os dois anos da operação, uma redução de 937 km². Em escala nacional, a taxa oficial de desmatamento na Amazônia em 2024 foi de 6.288 km², representando uma queda de 30,63% em relação ao período anterior, a maior redução percentual dos últimos 15 anos.
Além da Operação Curupira, o Pará tem avançado no combate ao desmatamento por meio do Plano Estadual Amazônia Agora, que inclui iniciativas como o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, a estratégia de Pagamento por Serviços Ambientais e o Sistema Jurisdicional de REDD+. Essas políticas têm contribuído para reduções consecutivas do desmatamento no estado, que já alcançou uma diminuição de 21% entre 2022 e 2023.
De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, a criminalidade na região amazônica está frequentemente ligada a crimes ambientais, como a extração ilegal de madeira e a exploração clandestina de minérios, atividades que muitas vezes envolvem violência.
“Os municípios do Pará que receberam o efetivo da Operação Curupira, por meio das três bases estratégicas, acabam reduzindo não apenas os crimes ambientais, mas também os crimes violentos, como homicídios, latrocínios e roubos. Seguiremos trabalhando de forma integrada, com as forças de segurança e a Semas, para garantir o combate contínuo aos ilícitos ambientais”, afirmou o secretário.
