Gov desmatamento


Só faltou arinho ser eleito governador pelo voto popular, avalia Ademar 2m1166

Lúcio Flávio Pinto - 14/01/2025

Capa do livro de memórias de Ronaldo arinho - Créditos: Reprodução

 

 

Enquanto caminho pela leitura do livro de memórias do Ronaldo arinho (Fragmentos de uma Vida), publico a mensagem que lhe enviou o Ademar Amaral [Ademar Ayres do Amaral, nascido em Óbidos]

 

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Terminei teu livro. Li, como se diz, de cabo a rabo. Foi como uma prazerosa viagem no tempo. Entrei num mundo político que a maioria dos eleitores desconhece. Impressionante a história aventure-se do teu avô e da dona Júlia. Impressionante também tua relação de filho e respeito pelo teu tio arinho.

 

Vou te contar uma coisa: votei no Jader, muito pelo que dizia nossa imprensa comprometida, eram cobras e lagartos do teu tio e do Oziel. Muita coisa teu livro esclarece, uma pena que o coronel arinho não tenha sido governador pelo voto. Foi um ser humano irável. O papel do Alacid foi de traidor e canalha. Dei falta de um debata entre arinho e Hélio Gueiros. Eu assisti, teu tio venceu de goleada e foi muito comentado.

 

Cheguei em Belém em 1964, depois, em 1968, na escola de engenharia, eu participei do movimento estudantil e de eata, gritando abaixo a ditadura. Andei correndo da polícia. Deixei quando as lideranças nos indicavam as ditaduras da União Soviética, da China, Albânia e Cuba com ideais para o Brasil. Saí porque me senti um palhaço no meio daquilo. Teu livro está corretíssimo: íamos sair de uma ditadura para outra ditadura muito pior.

 

Parabéns, leitura muito boa e às vezes muito divertida. Sem esquecer tua estratégia para namorar tua esposa. Nós meus 16 anos fui apaixonado por uma jovem de Santarém, mas nunca tive coragem com medo de levar pau na testa [gíria da época para a recusa do namoro]. 50 anos depois, amigos, ela me disse que tinha sido a fim de mim, mas sempre achou que eu não queria.

 

Gostei do episódio do Pinduca. Em 1972, um sábado, após nossa última aula do curso de engenharia, organizamos uma eata pra comemorar o fim do curso e descemos para a tradicional João Alfredo apinhada de gatas. Um dos colegas levou um músico com mais uns três da sua banda, para animar o festejo. Era o Pinduca.




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