Nível do rio Tapajós volta a baixar em Santarém 446c3q
Praia em frente à cidade de Santarém, rio Tapajós, na manhã desta segunda-feira(11) -
Créditos: Portal OESTADONET. 11/11/2024
Após quatro dias de estabilidade, o nível do rio Tapajós voltou a baixar neste domingo (10) e continuou caindo nesta segunda-feira (11), segundo o boletim da Defesa Civil Municipal. Conforme os dados da régua da Agência Nacional das Águas (ANA), localizada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP), o nível do rio registrou uma queda significativa, marcando menos 12 centímetros na segunda-feira. No dia anterior, o nível estava em menos 3 centímetros, refletindo uma diminuição expressiva em apenas 24 horas.
Esse comportamento instável das águas vem chamando a atenção para o fenômeno conhecido como "repiquete", caracterizado pela oscilação abrupta e frequente do nível dos rios durante o período de vazante. Na última semana, por exemplo, o rio apresentou variações de até 22 centímetros em um único dia. De acordo com a ANA, o nível oscilou entre 0,03 e 0,8 centímetros, mas chegou a registrar picos mais altos, como 5, 6, 8 e até 22 centímetros na última quarta-feira.
Os dados mostram que o nível do rio está 33 centímetros abaixo do registrado em 2023, com a régua da ANA assinalando a marca de menos 12 centímetros. Quando comparado ao ano de 2015, o nível está 1,36 metros abaixo, enquanto em relação a 2010, a diferença é de 86 centímetros. Essa tendência de baixa é motivo de preocupação, visto que a cota de alerta para riscos de interferência nas atividades locais é de 2,10 metros.
O fenômeno do repiquete, caracterizado pela oscilação irregular do rio, vem se acentuando este ano, influenciado possivelmente por fatores climáticos e ambientais. Esse fenômeno, embora comum durante o período de vazante, tornou-se mais intenso em 2024, trazendo consequências para comunidades ribeirinhas e para o transporte fluvial na região.
A Defesa Civil de Santarém segue monitorando o rio diariamente e reforça que, em caso de continuidade na tendência de baixa, poderá adotar medidas preventivas e de apoio às comunidades afetadas. As autoridades locais recomendam que a população ribeirinha fique atenta aos boletins emitidos e que, caso necessário, busque orientação para manter-se segura.
