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Rio Tapajós sobe 47 cm, em uma semana, e traz alívio para comunidades ribeirinhas, mas nível está abaixo do registrado em 2023 18636p

Portal OESTADONET - 21/10/2024

Na imagem acima, a faixa de areia no dia 21 de outubro, menos extensa do que a registrada no dia 9 de outubro, mostra que a enchente do rio Tapajós começou, em Santarém - Créditos: Portal OESTADONET

 

 

 

Após semanas de preocupação com a escassez hídrica, o nível do Rio Tapajós finalmente voltou a subir, trazendo um alívio para os moradores de Santarém e, especialmente, para as comunidades ribeirinhas que dependem diretamente das águas do rio para suas atividades diárias. Nesta segunda-feira (21), a régua da Agência Nacional das Águas (ANA), localizada no Porto da Companhia Doca do Pará (CDP), marcou 37 centímetros, um aumento significativo após dias de baixa. No último dia 14, por exemplo, o nível do rio marcou menos 10 centímetros, alcançando o ponto mais baixo já registrado na história do município, sendo classificado como uma das piores secas dos últimos 120 anos.

 

Embora a elevação traga esperança, a situação ainda exige atenção. A marca atual, apesar de superior aos dias anteriores, ainda está abaixo dos níveis registrados em anos críticos de seca, como 2023, 2015 e 2010. No ano ado, o nível era de 50 cm nestes mesmos dados, em 2015 alcançou 2,10 metros, e em 2010 a régua marcava 46 cm. No comparativo com 2023, estamos 13 cm abaixo, e em relação a 2015, a diferença é de expressivos 1,73 metros.

 

Segundo o boletim da Defesa Civil de Santarém, a situação está sendo monitorada de perto. Nos últimos três dias, o Tapajós subiu 8 cm, mostrando uma tendência de recuperação. No sábado (19), o nível estava em 29 cm, subindo para 36 cm no domingo (20), e alcançando 37 cm nesta segunda-feira.

 

A elevação do rio é fundamental não apenas para a navegação e o abastecimento das comunidades ribeirinhas, mas também para a preservação dos ecossistemas locais que dependem do equilíbrio hídrico. Entretanto, as autoridades permaneceram em alerta, visto que a cota de alerta é de 2,10 metros, ainda distante da realidade atual.




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