Estiagem afeta agricultura familiar e segurança alimentar nas comunidades ribeirinhas e do planalto santareno 3f3n
A severa estiagem que atinge Santarém, no oeste do Pará, tem causado grandes prejuízos à agricultura familiar e comprometido a alimentação dos moradores de comunidades nas zonas ribeirinha e do planalto santareno. A falta de chuvas impacta diretamente o ciclo produtivo de quem depende da água para plantar e sustentar suas famílias, como os agricultores da região do Lago Grande, importante produtora de farinha no município, onde as plantações de macaxeira estão sendo devastadas pela seca.
Com o verão forte, culturas como hortaliças e legumes também enfrentam perdas consideráveis. A escassez de água para irrigação e a dificuldade de transporte dos poucos produtos que ainda conseguem colher são desafios diários enfrentados pelos agricultores.
Segundo Ivete Bastos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), o cenário nas comunidades é alarmante, com inúmeros relatos de produtores que estão vendo suas plantações sucumbirem à estiagem prolongada.
"O sindicato tem prestado todo o apoio necessário, mas a situação é muito preocupante", afirmou Ivete.
A queda na produção local não só compromete a renda das famílias, como também ameaça a segurança alimentar das comunidades, uma vez que a oferta de alimentos como frutas, verduras e legumes tem sido drasticamente reduzida. A situação se agrava com a dificuldade de manter as plantações de subsistência, essenciais para a sobrevivência de muitas dessas famílias.
Neste cenário de incerteza, os pequenos produtores tentam preservar suas plantações e sementes, na esperança de que o ciclo de chuvas seja retomado e traga melhores condições para o próximo plantio. Enquanto isso, clamam por ações efetivas e políticas públicas que possam ajudar a minimizar os impactos da seca e garantir a sobrevivência de suas atividades.
