Empresas de navegação estimam que transporte de cargas deve ser paralisado a partir de domingo devido à forte estiagem 6b3163
O nível das águas do Rio Tapajós, na região entre Itaituba e Santarém, no oeste do Pará, está em queda acentuada, trazendo preocupações para os donos de embarcações que dependem do rio para o transporte de cargas e ageiros. Sem chuvas significativas nos últimos dias, o cenário tem se agravado, e a navegação corre o risco de ser paralisada caso o nível do rio continue a baixar. Se o recuo das águas atingir mais 10 centímetros nas próximas horas, o tráfego fluvial poderá ser interrompido. Nesse ritmo, a previsão é que até domingo (29), a navegação seja paralisada.
Prefeitura decreta situação de emergência devido à estiagem grave
A navegação fluvial é vital para a economia local, e a situação está comprometendo tanto o escoamento de mercadorias quanto o transporte de moradores entre as diversas localidades ribeirinhas da região. De acordo com monitoramentos realizados diariamente por uma empresa de transporte de cargas, o recuo das águas foi significativo nos pontos mais críticos entre os dias 18 e 26 de setembro, indicando que a seca pode se agravar.
O monitoramento abrange seis localidades — Itapaiuna, Ilha das Pacas, Praia do Roque, Monte Cristo, Pederneira, Santarenzinho e Calminas — e revela um cenário preocupante. Em Itapaiuna, o nível do rio caiu de 3,10 metros, no dia 18, para 2,50 metros, nesta quinta-feira (26), uma queda de 60 centímetros. Situação semelhante foi registrada na Ilha das Pacas, onde o nível das águas ou de 3,20 para 2,60 metros no mesmo período.
Na Praia do Roque, o rio recuou de 4,30 para 3,60 metros, enquanto em Monte Cristo, a medição foi de 4,40 metros no dia 18, caindo para 3,60 metros nesta quinta-feira. A localidade de Pederneira apresentou uma queda de 60 centímetros, saindo de 3,10 para 2,50 metros, e Santarenzinho, que registrava 3,60 metros, agora está em 3,10 metros. Por fim, Calminas, que marcava 3,40 metros no dia 18, chegou a 2,60 metros.
A falta de chuvas prolongada e o rápido recuo das águas estão impactando diretamente a vida das pessoas que dependem do Rio Tapajós, tanto para o transporte quanto para atividades comerciais. Se as condições climáticas não melhorarem em breve, as consequências poderão ser ainda mais graves para a economia local e a mobilidade dos moradores da região.