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Queimadas antecipam em três meses a incidência de nuvem de fumaça sobre Santarém x534j

Portal OESTADONET - 27/08/2024

Vista panorâmica da orla de Santarém, ao amanhecer - Créditos: Darlisson Maia. 27/08/2024

 

 

Nesta terça-feira (27), o céu de Santarém amanheceu cinzento, com uma fraca camada de fumaça cobrindo a cidade e outros municípios do oeste do Pará. A situação já começa a gerar preocupação entre os moradores e autoridades ambientais, que temem pelos impactos na saúde e no meio ambiente. Em 2023, a região sofreu com poluição atmosférica resultado dos focos de incêndios, a partir de novembro..

 

Mas ao contrário do ano ado, quando os primeiros registros de fumaça começaram a ser registrados no final do mês de outubro, o fenômeno, este ano, ocorre mais cedo, com registros a partir da segunda quinzena de agosto de 2024.

 

 


Foto: Portal OESTADONET. 27/08/2024

 

 

Em 2023, o fumaceiro durou mais de 45 dias e causou inúmeros prejuízos e danos à saúde da população, além de comprometer a visibilidade da navegação nos rios e no trânsito.

 

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, registrou dezenas de atendimentos relacionados à síndrome respiratória. Naquela ocasião, dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), indicam que de 1º de outubro a 1º de dezembro as UBSs registraram 1.335 atendimentos de casos de síndromes respiratórias relacionadas à inalação de fumaça.

 

De acordo com dados do World Air Quality Index (WAQI), nesta terça, o índice de qualidade do ar em Santarém está atualmente em nível moderado, o que indica que a população deve começar a tomar precauções, especialmente aqueles com condições de saúde mais frágeis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

 

A fumaça é recorrente na região nesta época do ano, porém, em anos anteriores, os primeiros registros de fumaça só foram detectados em novembro, quando o índice de qualidade do ar já atingia níveis perigosos para a saúde humana. Este ano, contudo, o surgimento antecipado da fumaça e a elevação do índice de poluição já em agosto preocupam especialistas, que alertam para a necessidade de medidas preventivas.

 

A fumaça é resultante de queimadas, que aumentam na estação mais seca na Amazônia. As queimadas ilegais e queimas para expansão de áreas agrícolas tornam o problema crônico todos os anos.

 

O impacto da fumaça vai além da redução da visibilidade e do desconforto causado pelo odor de queimado. A exposição prolongada à fumaça pode acarretar problemas graves de saúde, como doenças respiratórias e cardiovasculares. 

 

É preciso redobrar a atenção com a saúde para evitar atividades ao ar livre e manter portas e janelas fechadas para minimizar a exposição.




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