Memória de Santarém: Carta de Barata aos correligionários; lenha suspeita; 31 anos do Centro Recreativo 262c3s
Magalhães Barata, a olra da cidade no início da década de 1050, e o presidente do Centro Recreativo, Everaldo Martins, que também era o prefeito de Santarém -
Créditos: Arquivo/Sidney Canto
Os “baratistas” de 1952
Derrotado na eleição de 1950 para o governo do Estado, mas no exercício do mandato de senador, Magalhães Barata não deixava de cultivar seus eleitores e preparar seu retorno ao alto do poder, que aconteceria em 1955. Através do jornal do seu partido em Santarém, que publicou uma nota na primeira página conclamando os destinatários a buscar a correspondência.
Barata mandou carta para João Otaviano de Matos, Benedito Magalhães, Gonçalo Ferreira, Miguel Campos, Francisco Campos, Delfina Amorim, Delmira Coelho, Américo Almeida, Oscar Coelho, tenente Domingos Silva, I. J. Almeida, Mário Castro.
Escreveu também para Humberto Frazão, Edison Andrade, Manoel Coelho, Raimundo Andrade, Arbelo Guimarães, Nicolau Balby Júnior, Antônio Carvalho, Ademar Guimarães, Alberto Meschede, Perpétua Rocha, Osman Bentes, Joaquina Pimentel, João Liebold, Joana Monteiro e Antônio Monteiro.
Aos olhos do líder político, eram os “baratistas”.
A compra de lenha pela prefeitura
O primeiro número do jornal O Baixo Amazonas, em 1952, fazia uma denúncia: “Corre pela cidade a notícia de que a Prefeitura vem dando a exclusividade, na compra de lenha para o abastecimento da usina municipal de eletricidade, a um só fornecedor que, servindo de intermediário nas transações, aufere lucro injustificável, sob as vistas complacentes da autoridade”.
O jornal, embora dizendo não querer acreditar na veracidade da notícia, mas se ela tivesse procedência, “cumpre ao prefeito [Santino Sirotheau Correa, do PSD] evitar essa preferência odiosa, dando oportunidade a todos os fornecedores, em igualdade de preços, ao fornecimento de lenha àquele próprio do município, determinando mesmo que a compra seja feita diretamente ao lenhador, evitando que este seja explorado pelo intermediário, em mãos de quem ficam os melhores lucros, em prejuízo dos humildes tiradores de lenha”.
O jornal prometia que, “oportunamente”, voltaria ao assunto.
Centro Recreativo: 31 anos
Em outubro de 1965, o Centro Recreativo realizou uma grande festa-dançante (com o conjunto musical de Lélio Henriques, de Belém) para comemorar os seus 31 anos de existência e a posse (a uma e meia da madrugada) da nova diretoria, que era a anterior, reeleita.
O presidente era o prefeito, Everaldo Martins ( foto acima, ao microfone ). O vice, José Batista Capeloni. Como 1º secretário, Raimundo Ivan de Vasconcelos; 2º secretário, Luiz Vasconcelos Lisboa; 1º secretário, Raimundo da Silva Vasconcelos; 2º tesoureiro, Izaías Vasconcelos Lisboa; diretor social, Wilson da Costa Pereira; diretor artístico, Sebastião Nogueira Sirotheau; diretor de sede, Antônio Carlos de Melo.
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