Justiça marca para 18 e 19 dezembro júri do ex-sargento Gildson Soares 104k6p
Ex-sargento Gildson, e o veículo atingido por balas que mataram uma mulher em seu interior, em Santarém -
Créditos: Montagem/Arquivo
O juiz Gabriel Veloso de Araújo, titular da 3ª Vara Criminal de Santarém, marcou para dezembro deste ano, o julgamento do ex-sargento da Polícia Militar, Gildson dos Santos Soares, que atirou e matou uma mulher e tentou matar outras cinco pessoas. Os crimes aconteceram no dia 28 de junho de 2018, no bairro Santarenzinho, em Santarém, no oeste do Pará.
O ex-sargento da PM foi acusado pelo crime de homicídio qualificado que teve como vítima Sônia da Silva Viana, e cinco tentativas de homicídios qualificados cujas vítimas são: Gabriel Pereira Capucho, Glenda Cássia Viana Ferreira, Lucas Douglas Viana Ferreira, Carla Caroline Barboza Aiezza e Carlisson Almeida Ferreira. Ele também responde por crime de fraude processual, conforme previsto no artigo 347 do Código Penal.
Em decisão publicada nesta segunda-feira (30), o juiz Gabriel Veloso de Araújo definiu para os dias 18 e 19 de dezembro, as datas da sessão de julgamento pelo tribunal de júri de Gildson Soares. Serão ouvidas pelo menos 16 testemunhas. Em seu despacho, o magistrado determina a intimação do réu e de seus advogados, bem como de todas as testemunhas arroladas nos autos do processo para a oitiva em plenário.
O ex-sargento Gildson Soares encontra-se preso em Belém. No final do ano ado, a Corregedoria Geral da Polícia Militar oficializou a exclusão da corporação dele das fileiras da PM. A decisão foi tomada após análise do relatório da comissão processante sobre a morte de Sônia da Silva Viana, com uso de arma e munição da corporação.
O caso - De acordo com os autos do processo, por volta de 15h30 do dia 28 de junho de 2018, no bairro Santarenzinho, no município de Santarém, o então sargento da Polícia Militar, Gildson Soares, disparou vários tiros de pistola em um veículo onde estava Sônia da Silva Viana, o marido dela, um amigo e filhos do casal.
As vítimas que sobreviveram aos tiros contaram à polícia que estavam na ocupação do Juá naquele dia e quando retornaram para casa perceberam que estavam sendo seguidas por um homem em uma moto, que foi identificado como sendo o sargento Gildson.
Em dado momento, pararam o carro e o marido de Sônia e mais três pessoas desceram do carro e teriam questionado o sargento sobre o motivo de estarem sendo perseguidos. Depois retornaram para o carro e Gildson também teria saído do local.
Porém, mais na frente ele apareceu novamente, dessa vez, atirando. Ao todo, foram disparados 12 tiros contra o carro. Além de Sônia, que morreu, outras três pessoas ficaram feridas. Na ocasião, o militar Gildson Soares compareceu espontaneamente à polícia e confessou o crime. Em depoimento, ele disse que estava indo para a casa da mãe dele quando um dos integrantes do carro teria mostrado uma arma para ele.