Memória de Santarém (1923) - Algodão para a Inglaterra 4i5a1l
Algodão para a Inglaterra
Os industriais ingleses tinham necessidade de algodão “e não há país no mundo que melhor fornecedor possa ser que o Brasil”. Foi com essa mensagem que o industrial inglês Arno Pearse chegou a Santarém, em janeiro, a bordo do vapor Almirante, junto com integrantes do Serviço do Algodão, em Belém. Alertou os interessados nesse comércio que eles precisavam oferecer um produto com uniformidade do tipo e absoluta limpeza. Não poderia haver mistura das fibras e das sementes durante o beneficiamento. Em Santarém só havia uma única usina descaroçadora de algodão, da firma V. Bastos & Cia.
Só caldo de cana
Raimundo Emílio da Rocha e Souza recebeu autorização da prefeitura para construir e explorar um quiosque de madeira na praça José Gregório, em ponto nobre da cidade. Mas só poderia vender caldo de cana. Era a origem da garapeira Ypiranga.
Três estradas
A prefeitura lançou concorrência para a limpeza e conserto das estradas do Diamantino, Maicá e Ipanema.
Curtume instalado
Pinto de Carvalho & Comp, proprietário da casa O Carvalhinho, comunicavam a instalação de um “importante curtume” e que queriam comprar “toda qualidade de couros, por preços vantajosos”.
Carnaval sem disfarce
A diretoria do Tapajós Yoli Club anunciava o início da temporada do carnaval fazendo o seguinte aviso: “As pessoas que desejarem tomar parte nos bailes à fantasia desta sociedade sob disfarce, são obrigadas a apresentarem-se à comissão de reconhecimento sob pena de perderem o direito de ali permanecer”.
Quem vai e quem chega
Registro do vai e vem do jornal A Cidade:
- Pelo Mondego chegaram Adelino e Joaquim Marques Pinto, sócios da firma Marques Pinto, proprietária da casa A Primavera.
- Vindo do Curuá, onde dirigia temporariamente um comércio, Aureliano Imbiriba, vogal do Conselho Municipal (vereador).
- Para Belém, seguiu no Montevideo o subprefeito de polícia Francisco Machado Freire.
- Circulando pela cidade o coronel Francisco Bentes Monteiro, proprietário e político em Alenquer.
- Deixando Santarém, Eduardo Ramires Rios, antigo comerciante e vice-cônsul português em Santarém, para fixar residência em Belém.
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