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Memória de Santarém: Bibliografia amazônica 2x2y2n

Lúcio Flávio Pinto - 13/08/2023

Indico aos leitores do Portal OESTADONET uma bibliografia básica para entender a Amazônia e, em particular, o Baixo-Amazonas e Santarém. A relação é simples, não é completa nem apresenta todos os bons títulos necessários. É apenas sugestiva. Permite ao leitor, interessado em ir além destas memórias, dispor de um roteiro fértil para contextualizar as informações aqui publicadas e começar a formar um juízo sobre os acontecimentos.


Desse roteiro fazem parte livros de caráter mais histórico, como os que começarei a apresentar periodicamente nesta seção. Será uma antologia de textos produzidos por alguns dos mais ilustres visitantes da cidade e da região. Permitem uma visualização do século XIX e do início do século XX pelo olhar estrangeiro, mais distanciado da percepção local.


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– O Naturalista no rio Amazonas, do inglês Henry Walter Bates, que esteve em Santarém no século XIX. A primeira tradução do original em inglês foi publicada em 1944, na famosa coleção Brasiliana, da Companhia Editora Nacional. A última reedição foi pela editora Itatiaia, na década de 1980.

 


 

 

– Viagem ao Tapajós, relato da expedição, realizada posteriormente, de outro naturalista estrangeiro, o francês Henry Coudreau (e Octave, sua diligente esposa, responsável pelo texto), que saiu em 1941 na Brasiliana. Há reedição recente disponível.
 

 

 

 

– Viagem ao Brasil, esta do suíço naturalizado americano Louis Agassiz, publicada em 1930, outro viajante do século XIX que ou pela região. Sua esposa, Elizabeth, foi também a responsável pelo texto.

 


 

 

– Hileia Amazônica, de Gastão Cruls, que circulou pela região e fez extensas anotações sobre sua cultura e geografia. Publicado em 1955 pela mesma Cia. Nacional e já reeditado várias vezes.

 


 

 

– A Amazônia que eu vi, também de Gastão Cruls, com suas observações pessoais de viagem na margem esquerda do Amazonas, entre Tumucumaque e Óbidos, que saiu um ano antes. Há versão mais recente.
 

 

– Os Tapajós, de Curt Nimuendaju (foto abaixo), que saiu em 1949 no Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, tornando-se uma referência indispensável. O antropólogo alemão esteve por várias vezes em Santarém, inclusive fazendo escavações no bairro da Aldeia, coletando material arqueológico.


 

 

 

– Moronguetá (Um Decameron Indígena), do sábio maranhense Nunes Pereira, publicado pela Editora Civilização Brasileira em 1966 (em dois volumes) e só reeditado uma vez, infelizmente. Uma preciosidade sobre a civilização dos primeiros habitantes da Amazônia.

 


 

 

– O Cearense na Amazônia, de Samuel Benchimol, originalmente publicado em 1945 e já reeditado duas vezes em Manaus, terra do autor, já falecido.

 


 

 

– Uma Comunidade Amazônica, do antropólogo americano Charles Wagley, uma das melhores descrições do modo de vida do habitante tradicional da região, cuja versão em português foi publicada em 1957.

 

 

 

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