Demora para fazer cirurgia agrava estado de saúde de esposa do médico Charles Seredinicki, acidentada em rodovia da Argentina 5g644z
É considerado grave o estado de saúde de Viviane Fabiola Baima Serednicki. Ela segue internada no Hospital Central de Mendonza, na Argentina, aguardando por uma cirurgia de emergência. De acordo com informações compartilhadas pela família, a cirurgia foi cancelada, ainda sem explicações, pelos médicos argentinos. A recusa em não fazer o procedimento cirúrgico se dá pela burocracia imposta pelo Conselho de Medicina argentino.
A família alega que já tem disponível médicos para fazer a cirurgia de Viviane, além de anestesista e dinheiro para comprar materiais necessários para a operação. No entanto, o país vizinho ainda não autorizou a entrada dos profissionais.
Nesta quinta-feira (3), pela manhã, ela chegou a ir para o centro cirúrgico, mas a cirurgia foi cancelada. A família foi informada que a operação havia sido cancelada. “Disseram que a caixa do material estava com lacre rompido com risco de contaminação e transferiram somente para amanhã pela manhã! Inacreditável!
Um médico, amigo da família, divulgou um áudio informando a condição atual de Viviane. Segundo ele, a paciente sofreu um trauma raquimedular cervical gravíssimo com compressão de medula, artéria e veia pré-vertebral. Ela corre risco de isquemia e lesão permanente altíssimo”, detalhou o médico, ressaltando que este caso é uma das poucas emergências neurocirúrgicas na literatura médica.
Segundo ele, a indicação de cirurgia de descompressão para esse tipo de lesão é imediata. "A cada hora sem cirurgia para descomprimir e reperfundir a medula que não foi rompida, aumenta e muito a chance de lesão permanente com possibilidade de tetraplegia ou tetraparalisia. Quanto mais tempo demoramos na emergência neurocirúrgica, o risco de óbito intraoperatório também aumenta. Portanto, a paciente precisa ser operada imediatamente sob risco de lesão permanente e irreversível por conta da demora cirúrgica. Operar, para descomprimir, tirar da urgência, no primeiro tempo, e, se necessário, num segundo tempo para corrigir a fratura e lesão da coluna cervical", alertou o médico.
Apesar de o marido de Viviane ser médico, ele teve muita dificuldade em receber informações sobre o atendimento da esposa pelo hospital argentino.
“Desde ontem, a cônsul brasileira na Argentina o auxilia pessoalmente, mas depois do ocorrido hoje e sabendo que essa cirurgia já era para ter sido realizada ontem, estamos mobilizando a imprensa e os políticos para saber o que realmente está acontecendo pois temos o receio de que não tenham material adequado, medicações. Conseguimos especialista, material para ser enviado para lá, mas precisamos saber o que é necessário e se é necessário. Precisamos saber hoje, agora! E também caso tenhamos a certeza que não é a falta de material estamos pressionando com a imprensa e os políticos para que seja feita a cirurgia ainda hoje”, disse um familiar ao Portal OESTADONET.
Viviane Fabiola Baima Serednicki sofreu um acidente quando viajava na companhia do marido, médico psiquiatra Charles Farah Serednicki, e três filhos do casal. O carro em que eles estavam, um Renault Sandero vermelho, perdeu o controle e capotou em uma estrada próximo à uma fábrica, em Mendoza.
A família ava férias na Argentina.
