Memória de Santarém: Os jatos chegam a Santarém; Congresso Eucarístico 5y4e10
Créditos: Portal OESTADONET/Arquivo
Os jatos chegam a Santarém.
Os aviões turboélices começaram a pousar em Santarém em maio de 1968. Primeiro foi o Hirondelle, da Paraense Transportes Aéreos. Depois, o YS-11, da Cruzeiro do Sul. E, por fim, o Avro, da Varig. Na inauguração dos voos do primeiro e do terceiro houve coquetel e um voo panorâmico sobre a cidade e arredores para as autoridades. Como na segunda festa não houve nem uma coisa nem outra, só o povo apareceu no aeroporto para ver a novidade. Muito povo. Com os aviões movidos a motores a hélice e a jato, as distâncias encurtaram.
Um ano depois, a Vasp se tornou a empresa área mais rápida de Santarém. O Viscount, um turboélice que voava a 650 quilômetros por hora, permitia a ligação para Belém e Manaus com pouco mais de uma hora de vôo. Foi a grande atração aérea da temporada.
Às 8,45 da manhã de 25 de março de 1970 pousou em Santarém o primeiro avião a jato da aviação comercial. Era um Boeing 737 da já extinta Vasp (Viação Aérea de São Paulo), que a partir desse dia aria a fazer linha regular entre Santarém, Belém e Manaus, com três freqüências semanais: às terças, quintas e sábados, às 17 horas, para a capital amazonense; e às quartas, sextas e domingos, às 8,40, para a capital paraense, que era a escalada em prosseguimento para o sul do país. Nos meses anteriores, os únicos vôos que havia em Santarém eram duas escalas semanais da Cruzeiro do Sul.
Congresso eucarístico
Em 1961, foi realizado o primeiro congresso eucarístico de Santarém. Foi para comemorar o cinquentenário da fundação, em 1910, em Santarém, das Irmãs da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, pelo bispo Amando Bahlmann, que era o bispo prelado de então, e a madre Maria Imaculada.
Saudação feita pelo então prefeito municipal de Santarém, Ubaldo Corrêa, ao Arcebispo de Belém dom Akberto Ramos e demais autoridades presentes.
A segunda motivação do congresso foi o cinquentenário de ordenação sacerdotal de frei Plácido Toelle, antigo missionário na Missão do Cururu, no Tapajós, junto aos índios mundurucu.
A cidade tinha então 26 mil habitantes e calcula-se que ela recebeu 8 mil visitantes para participar do congresso. Foram erguidas várias cruzes de madeira de bom tamanho. A maior delas, de 25 metros (equivalente a um prédio de 8 andares), foi fincada na Ponta Negra, no encontro das águas do Tapajós com as do Amazonas.
“Carro Eucarístico” artisticamente decorado para conduzir o ostensório com o Santíssimo Sacramento pelas ruas da cidade na Procissão Eucarística. (Foto: Arquivo/Sidney Canto)
Todas as celebrações foram acompanhadas por um coral, com 26 vozes femininas e 11 masculinas, sob a regência dos irmãos Wilson e Wilde Fonseca. A Rádio Clube, ZY R-9, transmitiu a programação para o Baixo-Amazonas. Não faltou luz, fornecida pela Tecejuta, fábrica de fiação e tecelagem de juta, que dispunha de geradores.
LEIA EDIÇÕES ANTERIORES DE MEMÓRIA DE SANTARÉM CLICANDO AQUI