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Memória de Santarém: Onda moralizadora 4v2xr

Lúcio Flávio Pinto - 11/06/2023

Esta fotografia do início dos anos 1940 nos mostra um grupo de Congregados Marianos e Filhas de Maria, após um evento religioso na Catedral. Ao centro podemos ver o Cura da Matriz, Frei Pio Joahnlewelling, tendo ao seu lado o então Frei Floriano Loewenau. - Créditos: Arquivo/Paulo Dias. Publicada originalmente no blog do Padre Sidney Canto

Em setembro de 1947 o delegado de polícia proibiu os bailes em Santarém pelo prazo de três meses. Sua iniciativa foi saudada por O Mariano, “inspirada por um patriotismo saudável e construtivo, que restabelece em nosso ambiente social novamente a segurança e o respeito públicos”.


O jornal vinha denunciando os “bailes escandalosos” como “fomentadores da imoralidade pública e, em união com a embriaguez aí reinante, causa principal dos atos de violência ultimamente verificados”. Embora o jornal [ da Congregraçao Mariana ] não conseguisse apoio para sua pregação, “as próprias violências, criando atmosfera de terror em grande parte da população, contribuíram finalmente para despertar a atenção dos poderes públicos”.


Enquanto o delegado proibia os bailes, o juiz de direito, Geraldo Castelo Branco Rocha, adotava medidas para controlar a freqüência de jovens às diversões públicas. Os menores de 14 anos foram proibidos de entrar nesses locais para assistir a espetáculos “que terminem depois das 20 horas, bem como a permanência dos mesmos em botequins, bares e ‘serenos’ de festas”.


Já aos menores de 18 anos foi vedado freqüentar casas de espetáculos cinematográficos ou teatrais “cujas representações possam prejudicar-lhes o desenvolvimento moral, intelectual ou físico e excitar-lhes o sentimento, despertar instintos maus e corromper pela força de suas sugestões o caráter do adolescente”. Também teriam que permanecer à distância “de casas de ‘dancings’ ou bailes públicos, qualquer que seja o título ou denominação que adotem”, e de permanecer em bares, cafés, botequins noturnos e congêneres “e em ‘serenos’ de bailes e espetáculos”.


Para que a portaria, “de importância excepcional”, não se tornasse letra morta, O Mariano sugeriu que o juiz nomeasse “uma comissão de pessoas criteriosas para a censura prévia de espetáculos cinematográficos ou teatrais, exigindo dos empresários a publicaç& atilde;o – em lugar legível – do parecer desta comissão, junto com o anúncio do espetáculo, para que ninguém possa apresentar a fácil desculpa de ignorância”.

 

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