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Memória de Santarém - 1960: população, satélite, ladrões e cemitérios 71543u

Lúcio Flávio Pinto - 28/05/2023

Cemitério de Nossa Senhora dos Mártires - Créditos: Arquivo/Horácio Silva

 

População em 1960


A cidade tinha 23.654 habitantes em 1960, segundo recenseamento preliminar do IBGE.


Satélite no espaço


Os santarenos não tiveram dúvida: apesar das nuvens carregadas e baixas impossibilitarem uma boa visão, a fumaça branca deixada por um “misterioso aparelho”, naquela terça-feira de junho de 1960, deve ter sido o rastro do satélite Atlas III, “o mais aperfeiçoado engenho teleguiado, enviado ao espaço sideral pelos técnicos norte-americanos”. O satélite “ou por Santarém em velocidade incrível, despertando a atenção da população”. Talvez não por mera coincidência, na mesma época começou a ar sobre a cidade o jato da linha Miami-Santiago do Chile. Com menos mistério, é claro.


A volta dos ladrões


Em março de 1960, O Jornal de Santarém observava que ladrões voltavam a agir na cidade, como fizeram dois meses antes. Numa noite assaltaram o estabelecimento comercial de Gentil & Cia., carregando 180 mil cruzeiros do cofre, que, “por descuido”, não fora trancado com o segredo. No dia seguinte o assalto foi à casa do “alto funcionário” da firma I. B. Sabbá, Laíre Cavalero, na rua Floriano Peixoto. Os ladrões levaram 27 mil cruzeiros, que estavam no bolso da calça do dono da casa.
A ladroagem ainda era amadora.

 

Vandalismo na cidade


De O Jornal de Santarém de março de 1960:


“Um indivíduo qualquer, naturalmente desses que possuem a alma denegrida pela perversidade, algum vagabundo noturno, penetrou às caladas da noite de quinta-feira última no cemitério de N. S. dos Mártires com a finalidade profanadora de quebrar as cruzes de mármore, que guarneciam os mausoléus das sepulturas dos srs. Germano de Sena Gentil e d. Eponina Coelho Gentil, sogros do sr. Aderbal Tapajós Caetano Corrêa.
Não se pode atinar que estranho prazer poderia ter sentido esse abutre com forma humana, em destruir duas cruzes, que por serem cruzes representam o símbolo da cristandade, o que naturalmente não está na compreensão desse vândalo, capaz de cometer profanação maior, violando sepulturas, perturbando nesse prazer macabro o dono eterno dos mortos.
Precavenha-se porém esse cretino, porque as providências estão tomadas para apanhá-lo noutra investida condenável”.

 

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