Memória de Santarém (1945-1947): Desempenho escolar e sessões estudantis 1k1k6m
Créditos: Arquivo /Portal OESTADONET
Dos 40 candidatos que se inscreveram para o ginásio do Dom Amando, apenas 25 aram. No seu terceiro ano de funcionamento, em 1945, já havia uma marca do ensino rigoroso. Na 1ª série, 11 alunos foram aprovados, quatro foram reprovados e quatro ficaram para a segunda época. Na 2ª série, apenas nove foram aprovados, seis foram reprovados e cinco tiveram que se submeter à 2ª época. Na 3ª série os números foram: 14, 2 e 9.
Joffre Matos Cohen, de Óbidos, foi o aluno que mais pontos obteve na 1ª série. Na 2ª, o mais destacado foi João Batista Coelho Neto, de Belterra. E só na terceira o mais bem-sucedido foi de Santarém mesmo: Francisco Juarez de Amorim Rebelo. O prêmio de civilidade foi para Manoel Acilino Bastos Filho, da 3ª série, “pelo seu exemplar comportamento”.
Sessões estudantis
O Centro Cívico Jackson de Figueiredo realizou sua primeira sessão do ano com nova diretoria logo depois das férias de julho de 1946 do Ginásio Dom Amando. Reinaldo Teixeira Fernandes declamou a poesia “A Língua”. Francisco Juarez Rebelo apresentou um trabalho de pesquisa história sobre o Duque de Caxias. Hélio Braga recitou uma humorística “Crônica das férias”. Fieidir Reis ilustrou com um desenho. Já na segunda sessão, Isaltino Barbosa e Francisco Pereira recitaram a poesia “A cruz da estrada”. Ubaldo Matos expôs sua pesquisa sobre o sociólogo brasileiro Alberto Torres. Emir Bemerguy e Nelson Ribeiro produziram as crô nicas do mês.
Na segunda sessão do centro, em 1947, Antônio Simões se manifestou em nome dos alunos novatos, mas, “em vez de aplausos, recebeu uma portentosa vaia pela maneira inconveniente com que desempenhou seu papel”. O Mariano, ao fazer o registro, não esclareceu qual foi esse papel inconveniente.
A mensagem de boas-vindas, em nome dos veteranos, foi apresentada pelo orador oficial, Hélio Braga. A tese da sessão foi sustentada por Raimundo Almeida, que falou sobre o Visconde de Mauá.
Poesia sobre Rui Barbosa foi recitada sucessivamente por Pitágoras Almeida e Emir Bemerguy. João Queiroz leu uma crônica sobre o externato do Dom Amando e Eros Bemerguy sobre o internato.
Os associados decidiram que as reuniões ariam de mensais a semanais e que mensalmente haveria um júri simulado, o primeiro dos quais em 27 de março de 1947.
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Atividades do Ginásio Dom Amando em setembro de 1947
O mês de setembro iniciou-se, como nos anos anteriores, com as comemorações da Semana da Pátria; ao G. D. A. coube realizar as comemorações do dia 05 de setembro: pela manhã desfile dos pelotões ginasiais que, ao som dos seus clarins e dos seus cânticos patrióticos despertaram os sentimentos festivos da população santarena. À noite teve lugar a sessão solene, na qual discursaram os alunos: Joffre Cohen, em nome do G.D.A.; Hélio Braga, em nome do Centro Cívico Jackson de Figueiredo; e Orlando Oliveira, em nome do Curso Primário. Poesias foram recitadas por Hélio Marinho, Lúcio Guerreiro e Antônio Maria Monteiro. O Côro do Ginásio, junto com a Orquestra de Concertos de Santarém, completaram o programa, que foi aplaudido.
No dia seguinte, o internato teve uma agradável excursão ao Irurá.
Para os cantores mais destacados se ofereceu um belo eio, por ocasião da festa na Vila Socorro: partindo de Santarém no sábado, a meio dia, a bordo do motor “São Francisco”, regressaram na segunda-feira, tendo cantado a Missa da Festa e a Benção Solene no domingo.
O Centro Cívico Jackson de Figueiredo realizou duas sessões: no dia 11 e no dia 25, sendo apresentado como principal trabalho um comentário sobre a vida do grande cientista Carlos Lineu, pelo consórcio Nelson Ribeiro.
NOTA: Publicado no jornal O Mariano, de 28 de setembro de 1947.(Arquivo de Sidney Canto)
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