Gov desmatamento


Memória de Santarém: O primeiro ageiro de avião 2n6g6b

Lúcio Flávio Pinto - 23/04/2023

Antigo aeroporto de Santarém, na década de 1940. Pedro Moura no detalhe - Créditos: Portal OESTADONET/Arquivo

Em 1933, O Jornal de Santarém registrou “com satisfação” a estadia na cidade de Pedro de Moura, “o competente engenheiro chefe dos serviços de sondagens no rio Tapajós”.  Ao fazer o percurso entre Belém e Santarém num avião da Panair, ele se tornou o primeiro ageiro “que se utilizou daquele rápido meio de transporte, após a inauguração da linha de navegação aérea Belém-Manaus”. Num aparelho tipo Sikorsky, o voo foi iniciado às sete horas da manhã do dia 1º de novembro de 1933, chegando em Santarém às 10,52, depois de fazer escalas em Breves, Gurupá e Prainha. No trajeto foram consumidos 50 galões de gasolina, repartidos em 100 latas.

 

Competição original



Como era comum na época do Estado Novo, o dia da pátria de 1940 em Santarém foi comemorado com competições de atletismo entre estudantes e exercícios de ginástica, realizados pelas alunas do Colégio Santa Clara. Mas um evento curioso (e já extinto, mas que deveria ser restabelecido) foram as provas náuticas, com o uso de embarcações a vela e catraias. No primeiro tipo, o vencedor foi José Serruya, com a canoa Ruth. Ele recebeu os prêmios Casa Coelho e O Carvalhinho.
Lélia Campos arrebatou sem problemas o prêmio Casa Violeta porque nenhuma outra concorrente apareceu para a prova de “catraia a uma”. Na prova deste tipo, para homens, o vencedor foi Antônio Figueira, que levou o prêmio A Primavera. Na competição de “jacumã para 5 pe ssoas”, triunfou a canoa Yara, do bairro da Aldeia. Marialva e Nícia ficaram em primeiro lugar na prova “catraia a duas”, conquistando o prêmio A Pernambucana.

 

 


Foto de 1942, que registra uma recepção ao Prefeito Mário de Freitas Guimarães, no "aeroporto" pioneiro de Santarém. Do conjunto, quase nada mais existe: as catraias, a escada dos viajantes, a chaminé da velha uzina de luz, e os padres franciscanos alemães. Foto e texto: Meu Baú Mocorongo, livro de Wilson Fonseca

 



Mais trabalho
 


No dia 28 de setembro de 1942 o expediente da prefeitura mudou: ou a começar às sete da matina, indo até meio-dia e meia. Resultaria em 33 horas semanais, “como estabelecem as leis brasileiras a respeito do funcionamento do serviço público”. O prefeito Mário Guimarães justificou a providência “pela canícula tremenda da atual quadra estival, e conveniência dos interesses do comércio e do povo em geral, e também a maior produção do serviço do funcionalismo num expediente seguido”. Das 7 às 9 horas o expediente seria exclusivamente interno.
O novo horário era meia hora mais extenso do que o anterior (embora este fosse em dois turnos), o que foi encarado como sendo “uma irável compreensão do funcionalismo público municipal no instante grave em que vive o Brasil [em plena Segunda Guerra Mundial], contribuindo com mais horas de serviço em prol da presteza e eficiência do serviço público”.

 

LEIA MAIS:

 

Memória de Santarém: O comércio; notas sociais, em 1917

 

Memória de Santarém : A revolta dos colonos

 

Memória: Santarém (1917-1924)

 

Memória de Santarém: Anúncios do comércio de meio século atrás

 

Memória de Santarém: Ligações clandestinas, 70 anos atrás, e a “multinacional” do Tuji

 

Memória de Santarém: Palmerinho

 

Memória de Santarém: Os fatos em 1947 52v5c

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(41) 6s6ws

 

Memória de Santarém: Rodrigues dos Santos: duas vezes interventor 6b6dx

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(40)

 

Memória de Santarém: Luz pouca; Telefones mudos; Água escassa

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(39)

 

Memória de Santarém: ZY de volta

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(38)

 

Memória de Santarém: Reforma da cidade na marra

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(37)

 

Memória de Santarém: A agência de revistas e Carnaval com lança-perfume

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(36)

 

Memória de Santarém: O ginásio campestre na cidade; barco da Ford afunda no trapiche

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(35)

 

Memória de Santarém: Os colonos americanos

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(34)

 

Memória de Santarém: política sem povo

 

Memória de Santarém: Mensagens pelo rádio(33) 2i718

 

Memória de Santarém – Uma sociedade musical

 

Memória de Santarém( Vale do Tapajós): Mensagens pelo rádio(32)

 

Memória de Santarém – A arte dos Fona

 

Memória de Santarém: Vale do Tapajós - Mensagens pelo rádio(31)

 

Memória de Santarém – Anúncios na imprensa em 1953

 

Memória de Santarém: Vale do Tapajós - Mensagens pelo rádio(30)

 

Memória de Santarém - Primeiro ano do ginásio Dom Amando

 

Memória de Santarém: Vale do Tapajós - Mensagens pelo rádio(29)

 

Memória de Santarém: Primeira sessão de autógrafos

 

Memória de Santarém: Cadê os pianos?

 

Memória de Santarém: A morte do 'Barra Limpa'

 

Memória de Santarém – A tragédia de Santarém

 

Memória de Santarém – A Operação Tapajós

 

Memória de Santarém: Nossos deputados estaduais em 1963

 

Memória de Santarém: Peixe caro em 1952

 

Memória de Santarém: Qual a sua graça? Bráulio Rodrigues da Mota!

 

Memória de Santarém: Futebol poderoso e pobre

 

Memória de Santarém: A notícia da morte de Manelito

 

Memória de Santarém: Quando havia o alto-falante

 

Memória de Santarém: Congregação Mariana dos Moços

 

Memória de Santarém: Cidadãos de Santarém, 1963

 

Memória - Um amor em Santarém

 

Memória de Santarém: A imagem do populismo

 

Memória de Santarém: Os confederados: um marco no desenvolvimento do município

 

Memória de Santarém: velho Faria ; ex-prefeito Ismael Araújo, Raimundo Pinto; velho Figueira; matriarca dos Pereira

 

Memória de Santarém: Começo da Tecejuta

 

Memória de Santarém: pianos em Santarém

 

Memória de Santarém: A primeira prefeita

 

Memória de Santarém: 1948

 

Memória de Santarém: Primeiro jato militar 

 

Memória de Santarém: A Miss Brasil entre nós

 

Memória de Santarém: Nas asas da Panair

 

Memória de Santarém - Tecejuta

 

Memória de Santarém: O regresso de Sebastião Tapajós, há 31 anos

 

Memória de Santarém: Cléo Bernardo e Silvio Braga

 

Memória de Santarém - Meu avô Raimundo

 

Memória de Santarém: o direito de ser criança em cidades pequenas

 




  • Imprimir
  • E-mail