Memória de Santarém: O primeiro ageiro de avião 2n6g6b
Antigo aeroporto de Santarém, na década de 1940. Pedro Moura no detalhe - Créditos: Portal OESTADONET/Arquivo
Em 1933, O Jornal de Santarém registrou “com satisfação” a estadia na cidade de Pedro de Moura, “o competente engenheiro chefe dos serviços de sondagens no rio Tapajós”. Ao fazer o percurso entre Belém e Santarém num avião da Panair, ele se tornou o primeiro ageiro “que se utilizou daquele rápido meio de transporte, após a inauguração da linha de navegação aérea Belém-Manaus”. Num aparelho tipo Sikorsky, o voo foi iniciado às sete horas da manhã do dia 1º de novembro de 1933, chegando em Santarém às 10,52, depois de fazer escalas em Breves, Gurupá e Prainha. No trajeto foram consumidos 50 galões de gasolina, repartidos em 100 latas.
Competição original
Como era comum na época do Estado Novo, o dia da pátria de 1940 em Santarém foi comemorado com competições de atletismo entre estudantes e exercícios de ginástica, realizados pelas alunas do Colégio Santa Clara. Mas um evento curioso (e já extinto, mas que deveria ser restabelecido) foram as provas náuticas, com o uso de embarcações a vela e catraias. No primeiro tipo, o vencedor foi José Serruya, com a canoa Ruth. Ele recebeu os prêmios Casa Coelho e O Carvalhinho.
Lélia Campos arrebatou sem problemas o prêmio Casa Violeta porque nenhuma outra concorrente apareceu para a prova de “catraia a uma”. Na prova deste tipo, para homens, o vencedor foi Antônio Figueira, que levou o prêmio A Primavera. Na competição de “jacumã para 5 pe ssoas”, triunfou a canoa Yara, do bairro da Aldeia. Marialva e Nícia ficaram em primeiro lugar na prova “catraia a duas”, conquistando o prêmio A Pernambucana.
Foto de 1942, que registra uma recepção ao Prefeito Mário de Freitas Guimarães, no "aeroporto" pioneiro de Santarém. Do conjunto, quase nada mais existe: as catraias, a escada dos viajantes, a chaminé da velha uzina de luz, e os padres franciscanos alemães. Foto e texto: Meu Baú Mocorongo, livro de Wilson Fonseca
Mais trabalho
No dia 28 de setembro de 1942 o expediente da prefeitura mudou: ou a começar às sete da matina, indo até meio-dia e meia. Resultaria em 33 horas semanais, “como estabelecem as leis brasileiras a respeito do funcionamento do serviço público”. O prefeito Mário Guimarães justificou a providência “pela canícula tremenda da atual quadra estival, e conveniência dos interesses do comércio e do povo em geral, e também a maior produção do serviço do funcionalismo num expediente seguido”. Das 7 às 9 horas o expediente seria exclusivamente interno.
O novo horário era meia hora mais extenso do que o anterior (embora este fosse em dois turnos), o que foi encarado como sendo “uma irável compreensão do funcionalismo público municipal no instante grave em que vive o Brasil [em plena Segunda Guerra Mundial], contribuindo com mais horas de serviço em prol da presteza e eficiência do serviço público”.
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