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30 anos após ter cometido tortura e homicídio, dono de empresa de ônibus finalmente vai para a prisão, em Santarém 461u2q

Portal OESTADONET - 16/12/2022

Nilson Padilha, um dos condenados pela morte de lavador de carros na empresa em que o pai era dono - Créditos: Reprodução/Blog do Coruja

Nilson Padilha, um dos condenados pelo Tribunal do Júri Popular pela morte de José Antônio Silva do Nascimento, crime ocorrido em março de 1992, foi preso nesta quinta-feira (15), em Santarém, no oeste do Pará. Padilha foi considerado culpado pelo homicídio junto com o empresário Edson Veras, dono da empresa Eixo Forte, que cumpre prisão domiciliar, desde o ado, após a defesa alegar problemas graves de saúde do empresário. 
 

A defesa  de Nilson Padilha, filho de José Padilha, que foi um dos sócios da empresa Perpétuo Socorro, vinha conseguindo postergar o cumprimento da pena de 17 anos de prisão, apresentando sucessivos recursos às instâncias superiores, mas perdeu prazo do recurso e o processo transitou em julgado, sendo assim, foi decretada a prisão do condenado.

 

O mandado de prisão de Nilson Padilha foi expedido ainda pelo juiz Gerson Marra Gomes e foi cumprido por um oficial de justiça e o preso apresentado à delegacia de polícia de Santarém.

 

Conforme apurou a reportagem do Portal OESTADONET, Nilson Padilha foi imediatamente levado para o Centro de Recuperação Agrícola 'Silvio Hall de Moura', em Cucurunã. 

 

Nilson Padilha e o empresário Edson Veras foram condenados pela justiça em 2016 a 17 anos de prisão.

 

Ambos foram condenado pela morte, com requintes de crueldade, no dia 30 de março de 1992, em Santarém, de José Antônio Silva do Nascimento.

 

A vítima teria quebrado o vidro de um ônibus da empresa Perpétuo Socorro, à época de propriedade de Nilson Padilha. Veras era gerente da empresa quando o crime ocorreu.

 

Relembre o caso


No dia 30 de março de 1992, José Antônio Silva do Nascimento quebrou o vidro frontal esquerdo do veículo nº03 da empresa Perpétuo Socorro. Ele foi perseguido e capturado pelo motorista e levado para a garagem da empresa.

 

Ele foi apresentado para falar com o gerente Edson Veras, sobre quem iria pagar o prejuízo causado.

 

Segundo o Ministério Público, José Antônio, foi colocado por Edson Veras e Nilson Padilha, em mais dois denunciados – Joacy Silva e Assunção Ribeiro - na carroceria de um veículo Pampa, dizendo Edson que o levaria para a delegacia, fato que não ocorreu, sendo que foi a última vez que a vítima foi vista com vida.


No dia 2 de abril, o corpo de José Antônio foi encontrado esqueletizado, com sinais de combustão, em uma área de mata, próximo a rodovia Fernando Guilhon.

 

À época, os acusados sustentaram que não conseguiram, perseguir e apreender, novamente, José Antônio Silva do Nascimento, que teria se escondido em um matagal às proximidades do trevo da Rodovia Fernando Guilhon com a Avenida Cuiabá.

 

No julgamento pelo Tribunal do Jurí, a defesa não conseguiu derrubar a tese, incontroversa, que a vítima foi conduzida pelos acusados em um veículo Pampa e, três dias depois, foi encontrada morta em decorrência de lesões produzidas por espancamento e projéteis de arma de fogo, tendo sido seu corpo incinerado posteriormente, conforme atestado pelo Laudo Necroscópico.

 

Segundo o laudo de exame no local do cadáver, os peritos observaram no solo de onde estava o cadáver até a pista (13 metros) a presença de vestígios (marcas) deixadas por um veículo leve com pneus de 17 a 20 cm de largura, semelhante ao do veículo Pampa .

 

*Esta matéria foi atualizada em 17/12/2022, às 06h00.




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