Em Santarém, vendedor autônomo de automóveis agride homem que se recusa votar em Jair Bolsonaro 273d34
Egídio Willers( à direita) é acusado de agredir Wilmar Cabral por causa de discussão política - Créditos: Reprodução Facebook e redes sociais
O senhor Wilmar de Oliveira Cabral, como ele mesmo afirma em uma mensagem compartilhada em grupo de whatsapp, ‘ou pelo vale da sombra da morte’, depois de ter sido violentamente agredido por um vendedor autônomo de automóveis que defende teses bolsonaristas em Santarém, no oeste do Pará. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), na avenida Cuiabá, próximo ao Seminário São Pio X, no bairro Esperança. A vítima estava em sua revenda de carros, onde o agressor costuma frequentar, quando teve uma discussão com Egídio Willers, que terminou em agressão.
“Um bolsonarista fanático me agrediu gravemente. Estava hospitalizado e por pouco não tive traumatismo craniano. Minha cabeça foi toda perfurada por golpes de pau. Ele ainda quebrou meu rosto”, contou Wilmar, exibindo em imagens os sinas da agressão covarde que sofreu.
O fato foi registrado na 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil.
Em mensagem de áudio enviada ao Portal OESTADONET, Wilmar relata que Egídio Willers não aceita que o eleitor deixe de votar em Jair Bolsonaro para presidente. "Quem diz que não vota no presidente ele diz que é ladrão, que faz parte da quadrilha do Lula, como se só houvesse "Lula ou Bolsonaro" para votação em outubro.
No boletim de ocorrência registrado pela vítima, ele conta que Egídio Willers é simpatizante do presidente Jair Bolsonaro e que não aceita ser contrariado. Ele já foi produtor rural no planalto santareno, mas hoje vive de arrendamento de áreas agrícolas e de comércio de veículos adquiridos em Manaus.
Para ele, segundo a vítima relatou na polícia, só a opinião vale e quem não segue a doutrina bolsonarista é "vagabundo, pilantra e ladrão".
E foi chamando a vítima de vagabundo que se iniciou uma discussão. Segundo consta no boletim da ocorrência, a vítima relatou que Egídio falou "quem não apóia Bolsonaro é pilantra, ladrão igual ao Lula".
E se aproximou e gritou: "você é vagambundo, pilantra, faz parte da mesma quadrilha". Nesse momento, temendo ser agredida, a vítima usou uma cadeira como escudo, mas Egidio tomou-lhe o móvel e ou a desferir vários golpes pelo corpo.
Havia várias pessoas no local, quando Egídio agrediu Wilmar, mas apenas o filho do dono do estabelecimento interveio para impedir que a vítima fosse morta pelo agressor, que estava bastante enfurecido.