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Memória de Santarém: Serenata santarena no Teatro da Paz, em 1972 6gov

Lúcio Flávio Pinto - 01/05/2022

Os irmãos José Wilson, Tinho e Vicente Fonseca, com seu pai, maestro Isoca, no palco do Theatro da Paz - Semana de Santarém/outubro de 1972. - Créditos: Arquivo/Ércio Bemerguy

Quase meio século atrás, Belém assistiu ao maior espetáculo de música santarena já realizado na capital paraense. Foi em duas etapas e uma das mais ricas exibições de todos os tempos de artistas do interior do Estado. A primeira sessão foi no dia 24 de outubro de 1972, quando o Teatro da Paz, lotado, serviu de palco para 16 números: ou de composição de autores santarenos ou por eles interpretadas, numa promoção do governo do Estado e da Universidade Federal do Pará.


No dia seguinte, houve a Noite da Música Folclórica Regional, com 15 temas, mais palestra. A primeira noite, que teve Emir Bemerguy como apresentador, começou com a canção “Lua Branca”, letra de Paulo Rodrigues dos Santos e música do maestro Wilson Fonseca, que acompanhou ao piano a interpretação de Antônio Waughon. Antônio e “Isoca” permaneceram no palco para apresentar “Desolação”, de Waldemar Henrique e Antônio Tavernard.


A partir daí o programa cumpriu o seguinte encadeamento:


* “Regina”, de Laudelino Silva, que executou sua canção ao cavaquinho, com acompanhamento de Machadinho e Moacir Santos.


* “Soluço de Cavaquinho”, também de Laudelino, com os mesmos acompanhantes.


* “Pérola do Tapajós”, valsa de Wilson Fonseca e Pedro Santos com letra de Felisberto Sussuarana, apresentada por Pedro Santos (flauta), José Wilson Fonseca (saxofone), José Wilde Fonseca (piano), José Agostinho da Fonseca Neto (contrabaixo) e Íris Fonna (canto).


* “Beijos”, letra e música de Raimundo Fonna, cantada por Íris Fonna, com acompanhamento de Moacir Santos ao violão.


* “Rachelina”, valsa de Agostinho da Fonseca, apresentada por Pedro Santos (flauta), José Wilson Fonseca (saxofone), Vigília Paumgartem (piano), Vicente Fonseca (órgão) e José Agostinho Neto (contrabaixo).


* “O Adeus do Seresteiro”, valsa de Emir Bemerguy com letra de Wilson Fonseca, executada ao violão por José Agostinho da Fonseca e cantada por João Otaviano Matos Neto.


* “Sonho Predileto”, canção de Emir Bemerguy e letra de Wilson Fonseca, cantada por João Otaviano, tendo José Agostinho Fonseca Neto ao piano.


* “Romance de Amor”, de Antônio Rovira, canção solada ao violão por Moacir Santos, que também interpretou “Se ela Perguntar”, de Dilermando Reis.


* “Serenata do Amor”, bolero de Laudelino Silva cantado por Edemar Machado e o próprio Laudelino acompanhava ao cavaquinho.


* “Perfume”, fox de Wilson Fonseca, que interpretou sua música ao piano e foi acompanhado por Machadinho ao violão.


* “Um Poema de Amor”, bolero de Wilson Fonseca, cantado por Machadinho, tendo acompanhamento de Vicente Fonseca ao órgão e José Fonseca Neto ao contrabaixo.


* “Canção da Minha Saudade”, de Wilson e Wilmar Fonseca, com a participação de todos que tomaram parte do espetáculo.


Talvez tenha sido a maior serenata que Belém ouviu em muito tempo. E nunca mais teve outra igual.

 

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