Memória de Santarém: Primeira sessão de autógrafos 692h6k
Antonieta Dolores (que assinava seus artigos como A. Dolores) registrou, numa manhã de domingo de junho de 1961, na sede do Centro Recreativo, a primeira sessão de autógrafos de livros de Santarém, para o lançamento de Sorrisos de Minha Mãe, do padre Manuel Albuquerque. Mas lamentou: “nosso público ainda não sabe apreciar as coisas boas. Uma festa de arte literária quase sempre tem uma assistência reduzida, o que demonstra a falta de interesse da nossa gent e pelas festas literárias”.
Seu próprio jornal, porém, disse que, embora nesse dia tenha chovido bastante e a data haja coincidido com a chegada do navio Lauro Sodré, o lançamento foi um sucesso. Falaram na ocasião o bispo prelado, dom Tiago Ryan, Silvério Sirotheau Corrêa e Armando Nadler. O ginasiano Ronaldo Campos leu carta enviada pelo deputado Océlio de Medeiros.
Wilson Fonseca tocou músicas que compôs, com letra do padre Albuquerque, acompanhado por Salete Campos e Expedito Toscano. Alciete Lemos também se apresentou, ao acordeom.
Houve recital de poesias do livro por “várias senhoritas e uma senhora da nossa melhor sociedade”. O autor também “recitou, com arte, vibração e profundo sentimento, uns cinco ou seis sonetos dos muitos que contém o seu livro”.
-----
NOME DE MARIA
Por Padre Manuel Albuquerque
Maria!... São cinco letras
E um paraíso de amor...
Maria!... Nome bendito
Da Mãe de nosso Senhor...
Maria!... Nome escolhido,
Ao qual Jesus mais quer bem...
É o nome predestinado
Para ser nome de Mãe...
Maria!... Nome que os Anjos
Cantam no Céu a rezar...
Maria!... Nome que os homens
Rezam na terra a cantar!...
Maria!... Nome dos nomes,
Que diviniza a Mulher...
Não há de haver mais formoso
Entre os milhões que inda houver...
*Segundo o padre Sidney Canto, esta poesia foi escrita em Santarém, PA, no dia 18 de outubro de 1952 e publicada no livro “Sorrisos de minha mãe”, publicado em Belém no ano de 1960.
LEIA TAMBÉM
5n2862
Memória de Santarém: Os estragos causados pela chuva, em 1966
Memória de Santarém: Cadê os pianos?
Memória de Santarém: A morte do 'Barra Limpa'
Memória de Santarém – A tragédia de Santarém
Memória de Santarém – A Operação Tapajós
Memória de Santarém: Nossos deputados estaduais em 1963
Memória de Santarém: Peixe caro em 1952
Memória de Santarém: Qual a sua graça? Bráulio Rodrigues da Mota!
Memória de Santarém: Futebol poderoso e pobre
Memória de Santarém: A notícia da morte de Manelito
Memória de Santarém: Quando havia o alto-falante
Memória de Santarém: Congregação Mariana dos Moços
Memória de Santarém: Cidadãos de Santarém, 1963
Memória de Santarém: A imagem do populismo
Memória de Santarém: Os confederados: um marco no desenvolvimento do município
Memória de Santarém: Começo da Tecejuta
Memória de Santarém: pianos em Santarém
Memória de Santarém: A primeira prefeita
Memória de Santarém: Primeiro jato militar
Memória de Santarém: A Miss Brasil entre nós
Memória de Santarém: Nas asas da Panair
Memória de Santarém - Tecejuta
Memória de Santarém: O regresso de Sebastião Tapajós, há 31 anos
Memória de Santarém: Cléo Bernardo e Silvio Braga
Memória de Santarém - Meu avô Raimundo
Memória de Santarém: o direito de ser criança em cidades pequenas