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Sargento PM Gildson tem prisão preventiva decretada por quebra de medidas cautelares r3h4m

Portal OESTADONET - 19/07/2021

Sargento Gildson - Créditos: Redes sociais

O comando da Polícia Militar em Santarém deve cumprir na tarde esta segunda-feira o mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo, da 3ª Vara Criminal, decretado em desfavor do sargento PM Gildson dos Santos Soares. O mandado de prisão foi assinado pelo magistrado na última sexta-feira (16), segundo apurou com exclusividade o Portal OESTADONET.

 

A justiça acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), contra o militar por ele ter quebrado as medidas cautelares no processo que apura a morte de Sônia da Silva Viana e quatro tentativas de homicídios qualificados, crimes ocorridos em junho de 2018.

 

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Naquela ocasião, o sargento foi preso preventivamente, mas ganhou a liberdade provisória condicionada ao cumprimento de medidas cautelares. Gildson aguardava em liberdade o julgamento pelo Tribunal do Júri, beneficiado por habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

 

Por ter quebrado as condicionantes das cautelares, o MP pediu prisão preventiva do militar por atos praticados por ele previstos no Código Penal Militar. Por determinação da Justiça, Gildson não poderia fazer uso de arma de fogo e nem se ausentar da cidade. Mas segundo o MP, o sargento tanto usou arma de fogo quanto viajou para fora de Santarém. 

 

Pelo uso da arma de fogo, a 3ª Promotoria de Justiça de Santarém instaurou um inquérito para apurar quem autorizou a cessão da arma ao militar. Durante uma inspeção feita em maio na sede da 1º Companhia Independente de Policiamento Ambiental, o MP notou que uma arma não se encontrava no armeiro no dia da inspeção. 

 

No curso da investigação, a promotoria verificou que no livro de registro de cautela que havia uma da coronel Andréia Keyla Leal Rocha, ao lado de sua , aparecia o nome do sargento Gildson. 

 

Ainda segundo a apuração do MP, o sargento utilizou a arma para ministrar um curso também sem autorização da justiça. 

 

Diante dessas novas transgressões às medidas cautelares, a 3ª Promotoria de Justiça, em ofício datado do último dia 31 de maio, reforçou o pedido de prisão preventiva do militar ao juiz Gabriel Veloso de Araújo, titular da 3ª Vara Criminal.  

 

A defesa tentou evitar a prisão do militar, mas o pedido de habeas corpus preventivo foi negado pelo desembargador Raimundo Holanda Reis, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE/PA), que naquela ocasião considerou que “ainda não é possível identificar, de plano, o constrangimento ilegal aduzido, que autorizem o deferimento da tutela de urgência, principalmente pelo que foi informado pelo juiz titular da causa, onde se evidencia a ampla defesa e o contraditório, daí que indefiro o pedido de liminar”.

 

Gildson dos Santos Soares é acusado pela morte de Sônia da Silva Viana, e pela tentativa de homicídio contra cinco pessoas, crimes ocorridos no dia 28 de junho de 2018, quando as vítimas se encontravam no interior de um veículo, na rodovia Fernando Guilhon, em Santarém, Oeste do Pará, no dia 28 de junho de 2018.

 

Além da acusação de homicídio qualificado e tentativas de homicídios qualificados, Gildson responde ainda pelos crimes de tráfico de droga e associação ao tráfico de drogas, além de lesão corporal.




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