Remédio de antanho 2f3x24
Em 1948, vendia-se nas farmácias o Iodolino, “indispensável” no período de crescimento das crianças por fortificar e desenvolver, corrigindo a nutrição e evitando as doenças desse período da vida. Para as meninas na puberdade, porém, o Iodolino servia de “garantia contra desarranjos futuros”. A propaganda não identificava os ditos desarranjos que poderiam advir. O remédio era vendido em garrafas de vidro, que custavam menos e tinham maior quantidade.
Velhos e moços só sofreriam de “fraqueza íntima” se não tomassem as famosas Gotas Mendelinas, “adotadas nos hospitais e receitadas diariamente por centenas de médicos ilustres”. As milagrosas gotas também davam conta de “perturbações funcionais masculinas e femininas, medo infundado, vista e memória fracas, mania de suicídio, cacoete e frieza afetiva”. Bastava um vidro do remédio para tudo isso desaparecer.
Bem antes dos genéricos do “doutor” tucano José Serra.