Memória: As dificuldades de Henry Ford no vale do Tapajos 4j6e1h
A Ford Company, dos Estados Unidos, justificava, no seu balanço do exercício de 1944, não ter realizado “uma expansão maior” na plantação de seringueira, em suas duas concessões de um milhão de hectares no vale do Tapajós, no Pará, devido “à falta de braços” para o trabalho na região,problema crônico.
Justificou ter sido necessário “usar toda a mão de obra disponível para a conservação das plantações”. Mas o serviço de enxertia, “com variedades resistentes à moléstia” (o mal das folhas, que dizimaria o plantio), continuara durante o ano inteiro.
“Cortes experimentais foram efetuados nas plantações de Fordlândia e Belterra”, dizia o relatório, assegurando: “O látex obtido destas operações foi todo vendido no Brasil”. Já o serviço de construções fora paralisado “devido à dificuldade de obtermos telhas”. Ainda assim, a empresa havia conseguido construir um “curro modelo” em Belterra, sua segunda possessão.
Para um ativo fixo no valor de 176 milhões de cruzeiros, a Companhia Ford Industrial do Brasil (razão social do projeto de borracha) tinha um capital realizado, em 1944, de apenas Cr$ 8 milhões.
Dois anos depois a Ford desistiria da sua plantação de seringueira no Pará.